O Senado Federal retomou suas atividades pós-recesso neste sábado (1º) e elegeu a Mesa Diretora do biênio que começa em fevereiro de 2025 e termina em janeiro de 2027. Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito presidente da Casa na sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) por 73 votos de 81.
Inicialmente, havia outros quatro nomes na disputa: Eduardo Guirão (Novo-CE), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS). Os dois últimos, contudo, durante discursos que anteciparam a votação, retiraram-se da disputa.
A votação foi secreta - apesar de questão de ordem apresentada por Girão - e em cédulas, que foram depositadas em uma urna instalada para esse fim. Foram 4 votos em Girão e 4 em Pontes.
Antes da votação, em discurso, Davi Alcolumbre destacou a independência entre Poderes e mencionou os acordos sobre emendas parlamentares, que viraram alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) por falta de transparência e mau uso dos recursos públicos.
"Quero ser claro: é essencial respeitar as decisões judiciais e o papel do Judiciário em nosso sistema democrático. Mas é igualmente indispensável respeitar as prerrogativas do Legislativo e garantir que este Parlamento possa exercer seu dever constitucional de legislar e representar o povo brasileiro", disse.
Pacheco e representantes dos candidatos se encarregaram da apuração. Ao fim da contagem, os votos foram triturados. Alcolumbre venceu devido a ter obtido a maioria absoluta dos votos. Ele tomou posse do cargo em sequência.
Demais integrantes da Mesa
Em sequência, a Casa Alta vai formalizar e escolher, também em votação secreta, os demais integrantes da Mesa Diretora. Nesse caso, também é exigida maioria de votos e presença da maioria dos senadores.
Quando os membros da Mesa foram confirmados, a matéria será atualizada.
Conheça o novo presidente do Senado
Davi Alcolumbre reuniu apoio de ao menos dez partidos na Casa e retornou ao topo do Congresso Nacional com apoio do presidente da República, Lula (PT). A aliança chama atenção porque o parlamentar já chefiou os trabalhos no Senado entre 2019 e 2021, em pleno Governo Bolsonaro, ao qual foi alinhado.
No novo mandato, passou a chefiar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), pela qual passaram atos importantes para o atual governo, como a reforma tributária e a sabatina dos indicados de Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF) e outros espaços.
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