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Mesmo após 'indireta' de Lula, partidos do Centrão com cargos no governo não cravam apoio ao presidente em 2026

Em reunião ministerial, Lula questionou se essas siglas querem 'continuar trabalhando' com ele. Avaliação de ministros do Centrão é que qualquer anúncio agora seria apenas uma 'carta de intenções' que pode não se cumprir lá na frente

23/01/2025 às 08h47 Atualizada em 23/01/2025 às 08h52
Por: Redação Fonte: G1
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Depois que o presidente Lula deu uma “indireta” a partidos do Centrão com espaço na Esplanada — ao questionar na última reunião ministerial se as siglas querem “continuar trabalhando” com o governo na próxima eleição —, ministros, parlamentares e presidentes dessas siglas avaliam que ainda é cedo para cravar apoio ao governo em 2026.

 

O recado de Lula acontece em um momento em que partidos do Centrão cobram mais espaço na Esplanada dos Ministérios, ainda que não deem garantia de que estarão juntos para além de 2025.

 

Lula, tem corrente que quer lançar candidatura própria, tem corrente que quer se juntar a um candidato de centro-direita. Vamos tomar decisão mais pra frente, sem açodamento, ouvindo a todos e seguindo o instinto democrático do partido", disse.

 

De oposição e com a intenção de concorrer ao Planalto em 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, disse à Globonews que não vê espaço para apoio do União Brasil a Lula no próximo pleito.

 

“As decisões partidárias são deliberadas em quase totalidade na Executiva. O meu sentimento é que o União Brasil, pela quase totalidade de seus filiados e ocupantes de cargos eletivos, não tem nenhuma identidade com o governo do presidente Lula e muito menos com o PT”, afirmou, apesar da sigla ter três ministérios no governo petista.

 

No MDB, o governo conta com importantes aliados no Congresso Nacional, como o líder da sigla na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), e o senador Renan Calheiros (AL) - este último que crava que o partido estará com o presidente Lula em 2026.

 

Há quem diga que a vice-presidência da chapa com Lula em 2026 poderia ser oferecida ao MDB, por exemplo. O líder da sigla no Senado, Eduardo Braga (AM), já falou publicamente sobre a possibilidade. Por outro lado, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que faz oposição ao governo, já defendeu que o partido não esteja alinhado a Lula.

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