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Felipe Mota cobra definição do posicionamento do União Brasil no Ceará: “Necessário”

O partido, nos âmbitos federal, estadual e municipal - em Fortaleza -, está com suas bancadas divididas; o deputado estadual concedeu entrevista ao Podcast Questão de Opinião, no qual falou sobre a situação do partido, o que o incomoda

18/01/2025 às 10h46
Por: Redação Fonte: OPINIÃO CE
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Deputado estadual Felipe Mota, em entrevista ao Opinião CE
Deputado estadual Felipe Mota, em entrevista ao Opinião CE

O deputado estadual Felipe Mota cobrou o presidente do Diretório Estadual do União Brasil, Capitão Wagner, para que ele reúna a agremiação. O intuito é definir o posicionamento do partido nas bancadas que compõe. Nos três âmbitos do Executivo – federal, estadual e municipal, em Fortaleza -, a legenda conta com pelo menos um parlamentar de oposição e pelo menos um de situação aos governos petistas de Lula, Elmano de Freitas e Evandro Leitão.

“Ainda não sentamos para conversar. Estamos esperando essa conversa por parte do presidente. Acho que é necessário que o presidente Capitão Wagner reúna o partido para conversar”, disse Mota, que faz oposição a Elmano na Assembleia.

Ao podcast Questão de Opinião, do OPINIÃO CE, o deputado falou sobre a divisão do partido, o que o preocupa. Ele lembrou ainda que, para 2026, nas eleições gerais, as decisões dos Diretórios Nacionais têm potencial de mudar as políticas partidárias nos demais âmbitos. “Estamos na efervescência de saber o que os partidos farão nacionalmente”.

 

Dentre uma das possíveis ações, está o lançamento de uma candidatura do União Brasil à Presidência da República, ou mesmo uma composição de chapa com outro candidato que não seja o presidente Lula. Vale ressaltar que a legenda compõe o Governo, inclusive com cargos em Ministérios. Para Felipe Mota, há a possibilidade da sua sigla compor chapa com o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), um dos nomes cotados para o cargo pela direita.

“Essa nacionalização da política brasileira vai mudar o tom. E você sabe que vai ser mudado bem antes [das eleições], porque até março do próximo ano, as pessoas vão ter que estar com suas filiações, tudo organizado. Isso vai dar um cenário de quem terá candidato ou não”, destacou.

Outra situação que requer a paciência nas decisões partidárias estaduais e municipais, é a possibilidade de criação de novas Federações. Em 2026, para um partido atingir a cláusula de barreira – e assim ter direito a tempo de TV e fundo partidário -, ele precisará ter, pelo menos, 2,5% dos votos válidos, sendo no mínimo 1,5% em nove estados, ou fazer 13 deputados federais. Por parte do União Brasil, existem conversas com PP e Republicanos para compor uma Federação.

 

UNIÃO BRASIL DIVIDIDO NOS PARLAMENTOS

 

Na Câmara dos Deputados, a bancada cearense do União Brasil possui quatro deputados federais. Do total, apenas Dayany Bittencourt faz oposição a Lula. Dayany é esposa do ex-deputado federal Capitão Wagner. Outro parlamentar, Danilo Forte, possui uma atuação de independência. Ele já foi, aliás, relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

Já os outros parlamentares são governistas: Fernanda Pessoa e Moses Rodrigues. Fernanda é filha do prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, que possui alinhamento com Elmano e com o ministro da Educação, Camilo Santana (PT). Já Moses é filho do ex-deputado estadual e prefeito de Sobral, Oscar Rodrigues, que tenta uma aproximação ao Governo do Estado. Moses foi definido como o coordenador da bancada cearense.

Na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), o União Brasil também possui quatro deputados. Diferente do que acontece no Congresso Nacional, apenas um é de situação: Firmo Camurça. Ele também é ligado a Roberto Pessoa, aliado de primeira linha e que já foi, inclusive, apoiado pelo gestor para a Prefeitura de Maracanaú, cargo que exerceu por dois mandatos. No lado oposicionista, estão Felipe Mota, Sargento Reginauro e Heitor Férrer, que retorna à Assembleia com a saída de Oscar para a Prefeitura de Sobral.

Já na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), o partido possui duas vagas de vereadores. Na eleição, foram votados para ocupar cadeiras no Legislativo, Soldado Noelio e Márcio Martins. Havia expectativa de que os dois fossem de oposição, mas Márcio aceitou convite de Evandro para chefiar a Secretaria Executiva Regional (SER) 10, definindo um posicionamento pró-governo. No seu lugar, quem assumiu foi o 1º suplente do partido, Renê Pessoa, neto do prefeito de Maracanaú, e que é base do prefeito.

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