A Justiça da Argentina emitiu mandados de prisão contra 61 brasileiros foragidos no país e condenados por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Do total de alvos, dois já foram presos. Em junho, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro havia recebido uma lista com mais de 180 nomes de foragidos na Argentina e em outros países, como Paraguai e Uruguai.
Investigações da Polícia Federal apontam que acusados de envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes entraram na Argentina e pediram refúgio ao país. A fuga foi uma maneira de driblar ordens de prisão expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra os investigados.
Ao longo dos próximos dias, a Justiça da Argentina deve ouvir os responsáveis e, depois disso, poderá dar início ao processo de extradição ao Brasil. Os acusados também poderão apelar à Corte Suprema do país.
Em junho deste ano, o porta-voz do governo de Javier Milei, Manuel Adorni, afirmou que não havia "pactos de impunidade" e que o país respeitaria as decisões do Judiciário brasileiro "como respeitamos cada decisão judicial". Milei é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também investigado no inquérito dos atos.
O ministro do STF Alexandre de Moraes havia determinado a extradição dos foragidos em outubro deste ano. À época, Moraes atendeu a um pedido da PF.
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