Presidente do PDT Fortaleza, o ex-prefeito Roberto Cláudio defendeu, nesta quinta-feira (31), que integrantes da oposição no Ceará mantenham a aliança consolidada no segundo turno, quando ele e o presidente do União Brasil no Ceará, Capitão Wagner, apoiaram o então candidato André Fernandes (PL) na disputa na Capital. No primeiro turno, o pedetista esteve ao lado de seu correligionário, José Sarto (PDT), que disputava a reeleição, mas acabou derrotado. Wagner também foi derrotado na primeira etapa da disputa, ficando em quarto lugar no pleito. Já André travou uma acirrada disputa no segundo turno, mas Evandro Leitão (PT) acabou sendo eleito prefeito da Capital.
Roberto Cláudio revelou os planos que tem para a oposição no Ceará durante entrevista para a live do PontoPoder, comandada pelos jornalistas e editores do PontoPoder, Jéssica Welma e Wagner Mendes. Na visão do ex-prefeito, as lideranças de oposição “demonstraram força e um certo nível de organização” e agora precisam fazer uma gestão “coletiva” e “horizontal” dessa aliança em prol do Ceará.
“Isso não pode ser uma coisa de um, dois, três, quatro, cinco, seis ou sete, tem que ser de quem tem a mesma compreensão que, guardadas as diferenças de opiniões que um partido possa ter do outro ou uma pessoa da outra, a gente entende que é importante fazer uma corrente de união para proteger o Estado do Ceará. Isso precisa ser entendido, a gente precisa despersonalizar essa luta neste momento", completou.
Na entrevista, o pedetista reforçou que sempre acreditou “muito nos coletivos, na produção das ideias em conjunto, com espaços horizontais”. “Essa sempre foi minha filosofia: agregar, juntar. Acho que só o tempo vai tratar de colocar esse trem nos trilhos. Vamos ter que ser desprendidos de projetos pessoais para 2026", defendeu.
'Diferenças superadas'
Ex-adversário de Wagner e André, Roberto Cláudio já teve o dirigente do União Brasil como seu adversário direto em duas eleições, uma em 2016 (para a Prefeitura) e outra em 2022 (para o Governo). Já André tornou-se uma das vozes mais incisivas contra as medidas adotadas pela gestão do PDT em Fortaleza durante a pandemia da Covid-19, com críticas e acusações de corrupção contra o então prefeito.
Agora juntos na oposição, o pedetista revelou que a aproximação — ao menos com Wagner — não é recente. “Eu nunca tinha conversado com o Wagner pessoalmente até finalizar a minha eleição em 2022. Um amigo em comum promoveu um encontro, nós dois, recém-derrotados para o Governo, tivemos o primeiro encontro pessoal", disse.
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