Na manhã desta sexta-feira (21), os professores das universidades federais do Ceará (UFC, UFCA e Unilab) decidiram pelo fim da greve que durava dois meses. A decisão foi tomada em assembleia geral, onde os docentes condicionaram o fim da greve à assinatura de um acordo com o governo federal, previsto para julho. Servidores e técnicos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) também optaram pelo término da paralisação.
Durante a assembleia realizada em Fortaleza, 107 votos foram favoráveis e 58 contrários ao encerramento da greve. A decisão será encaminhada ao Comando Nacional de Greve do ANDES-Sindicato Nacional, que representa a categoria nas negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
De acordo com a ADUFC, embora as propostas do governo federal tenham sido consideradas limitadas, algumas conquistas foram alcançadas, como o reconhecimento da educação como um setor relevante para o governo.
Os docentes, em greve desde 15 de abril, reivindicavam reajustes salariais com base nas perdas acumuladas desde 2010. A Mesa Nacional de Negociação Permanente foi instaurada somente após o início da greve.
Pontos principais da proposta do governo federal
:Reajuste salarial de 12,5%, sendo 9% pago em janeiro de 2025 e 3,5% em abril de 2026.
– Alteração da redação da IN n. 66/2022 para assegurar retroatividade de efeitos funcionais e financeiros, desde que o pedido seja feito em até 6 meses.
– Criação de três grupos de trabalho para discutir: reenquadramento de aposentados; reposicionamento dos professores que já estão na carreira e fizeram novos concursos e que perdem a progressão anterior; e revogação da IN n. 15/2022, que trata de adicionais ocupacionais, como insalubridade.
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